15/01/2015 00h59 – Atualizado em 15/01/2015 01h08
Do G1 PA
Corpo de Bombeiros, Ministério Público e Polícia Civil investigam o caso do bombeiro Martinho Souza, que morreu no último domingo (11) após atuar sozinho no resgate de um banhista vítima de afogamento em Mosqueiro, distrito de Belém. Para Francisco Xavier, da Associação dos Cabos e Soldados, o tipo de resgate deveria ter sido realizado por dois bombeiros. “Se ele se encontrava sozinho isso é culpa de quem mandou ele para lá, porque o comandante tem o regulamento na mão e sabe que ele jamais poderia estar sozinho”, diz Xavier.
Célis Cavalcante, mãe de Martinho Souza, cobra que as responsabilidades sejam apuradas. “O meu filho saiu para trabalhar e voltou dentro de um caixão. Essa responsabilidade vai ter que ser apurada. Quem foi a responsabilidade? Quem mandou ele para a praia sozinho para trabalhar? Vai ter que ser esclarecido tudo”, diz a mãe da vítima.
O questionamento sobre o número de bombeiros na praia chamou a atenção para o baixo efetivo da corporação no estado, que conta com cerca de 3 mil bombeiros. Segundo o Major Márcio Francês, uma equipe chega a atender dez chamadas em um dia em Belém. “Nos últimos quatro anos não teve, mas se houvesse todo ano os concursos para admitir (novos bombeiros), a gente conseguiria contornar essa situação do efetivo”, afirma o Major.
No final de 2014 o Governo do Estado autorizou a realização de um concurso público para contratar 300 soldados e 35 oficiais, mas o edital ainda não foi lançado. O Governo informa que o processo ainda está em fase de licitação para escolher a empresa responsável pelas provas, e que ainda não há um prazo para a realização do exame.
A Promotoria Militar do Ministério Público do Estado investiga a morte do cabo e deve entrar com uma ação para cobrar a realização de concurso público para o Corpo de Bombeiros, para resolver o problrma do baixo efetivo da corporação, que conta com cerca de 3 mil homens no estado.
A Polícia Civil aguarda o laudo definitivo sobre a causa da morte do bombeiro para atuar. “O que a gente espera que chege logo para nós é o laudo cadavérico, que vai definir realmente qual foi a causa da morte do colega que estava trabalhando, para que aí sim, em cima desse laudo, a gente faça juízo de valor e encaminhar para a justiça o fato”, informa o delegado Benedito Magno.
Procissão principal ocorreu na manhã deste domingo, 13. Romaria seguiu até a Igreja Matriz, em percurso de 4 km.
Acidente ocorreu neste domingo, 13. Vítima perdeu controle da moto e morreu no Hospital Metropolitano.
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