O laudo técnico da empresa alemã Tüv Süd, que atestou a segurança da barragem 1 da Mina do Fejão, em Brumadinho (MG), apontou erosão e problemas de drenagem, o que podem ter provocado o rompimento da estrutura no dia 25 de janeiro. O atestado de estabilidade foi feito a pedido da Vale, em setembro do ano passado, cinco meses antes da tragédia que deixou até o momento 134 mortos. O documento atestava a segurança da barragem pelo período de um ano.
O laudo conclui pela estabilidade da estrutura, mas registra que, em determinada área da barragem que estava parcialmente saturada de água, havia um dreno seco. Outros continham trincas de onde vertia água.
O documento recomendou a instalação de novos piezômetros, equipamentos que medem a pressão e o nível da água no solo, e de um mecanismo de registro sismológico no entorno da barragem.
Segundo o laudo, para aumentar a segurança da barragem e evitar a liquefação — quando a lama passa de pastosa para líquida —, a Vale deveria tomar atitudes que diminuíssem a probabilidade de gatilhos, como proibir detonações nas redondezas, evitar o tráfego de equipamentos pesados, e impedir a elevação do nível da água na estrutura.
Em nota, a Vale informou que todas as recomendações foram atendidas ainda no ano de 2018. “Cabe reforçar que se tratavam de recomendações rotineiras em laudos deste gênero”.
O último laudo foi ssinado pelo engenheiro Makoto Namba, preso junto com mais outro engenheiro da Tüv Süd e três funcionários da Vale, em Minas, após o acidente por determinação da Justiça.
A empresa alemã elabprou dois relatórios sobre as condições de segurança da barragem de Brumadinho. O primeiro, de agosto de 2017, conclui que “o desempenho da barragem se encontrava adequado, atendendo às exigências das normas brasileiras de segurança para barragens”. O segundo, de julho de 2018, reafirma a conclusão.
Agora vão ganhar rios de dinheiro pra ficarem inventando desculpas pra tirarem o d’eles da reta. E podem conseguir.