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Um mês após bombeiro morrer em SC, investigação militar não começou – G1

21/10/2015 14h35 – Atualizado em 22/10/2015 11h56
Mariana de ÁvilaDo G1 SC
Um mês após a morte do bombeiro Guilherme Luiz Vieira, de 29 anos, que teve o corpo queimado ao tentar eliminar um vespeiro de uma casa em Catanduvas, no Oeste catarinense, as investigações praticamente não avançaram. Segundo o Corpo de Bombeiros, o inquérito militar deve demorar pelo menos mais 30 dias. Já Delegacia de Catanduvas informou que aguarda o recebimento do laudo cadavérico para começar a ouvir testemunhas.
Vieira morreu no dia 22 de setembro depois de tentar eliminar um enxame de vespas, no dia anterior. Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu às queimaduras de segundo grau.
A corporação designou o capitão William Fazzioni, responsável pelo batalhão de Videira, cidade vizinha ao acidente, para coordenar o inquérito militar. Segundo Fazzioni, na última sexta-feira (16) ele recebeu o comunicado oficial da corporaçao para exercer essa função.
“O inquérito militar é instaurado para ver se houve alguma culpa, dolo ou se foi apenas um acidente. Ainda não tive acesso aos laudos, mas até a semana que vem devemos começar as diligências”, disse Fazzioni nesta quarta (21).
Conforme o capitão, a coleta de depoimentos sobre a situação do acidente deve começar com os colegas da vítima, que estavam com ele no local onde houve a retirada do vespeiro. Nesta segunda, um escrivão do batalhão de Catanduvas foi escolhido para acompanhar os trabalhos.
“Temos o prazo legal de 30 dias para concluir os trabalhos. Creio que em mais 20 dias teremos resultados”, completa o capitão. Segundo ele, os dados serão enviados posteriormente para a Justiça Militar, que dará o veredito sobre o caso.
Segundo o tenente-coronel Luiz Carlos Balzan, comandante do 11º batalhão do Corpo de Bombeiros de Catanduvas, do qual o bombeiro pertencia, todos os materiais sobre o caso estão compilados. “Laudo cadavérico e do local, os equipamentos utilizados e as roupas foram separados e estão à disposição do capitão para iniciar os trabalhos”, disse Balzan.
Conforme Balzan, o inquérito civil do caso, na Polícia Civil, será aberto após o laudo militar ser concluído.
O caso
No dia do acidente, o bombeiro jogou álcool no enxame de vespas, procedimento rotineiro, segundo informou do comandante do batalhão. O morador que acionou os bombeiros contou que havia um vazamento no borrifador e o líquido molhou a roupa da vítima e entrou em combustão.
Guilherme Luiz Vieira era bombeiro desde 2013. Ele foi enterrado no dia 23 em Florianópolis. Cerca de 200 bombeiros militares participaram de uma homenagem ao oficial.
 

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